sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Palavras Escritas


Palavras Escritas...duras, eternas, com uma ferida que não cicatriza e insiste em pulsar constantemente elevando a temperatura do corpo, corrompendo os desejos e os sentimentos...

Palavras Escritas...duras, eternas, que mogoam pelo simples fato de estar lá, no branco invasivo que insiste em iluminar o dia, as lentes do óculos, a sala de estar,tão envelhecida pelas cinzas das palavras que, diariamente, retomo a rotina de queimá-las dentra dela...

Palavras Escritas...duras, eternas, agigantando-se dentro de um vazio que estava reservado as palavras ditas, sussurradas nas horas boas, onde elas se perpetuam no tempo e no espaço, preenchendo todo os cantos... e deixando uma sensação de se ter companhia a todos os instantes.

Palavras Escritas... duras, eternas, tão só e tão acompanhadas dos sinais dos tempo, com uma única diferença, não envelhecem, apenas se perdem na teia confusa de metal que as impulsionam pelo ar, atravessado o peito querendo tirar a respiração...

Palavras Escritas... duras, eternas, cheias de contornos, onde nada se encaixa a não ser no caminho vivido e descrito...deixando seu rastro de tristeza.

Palavras Escritas...duras, eternas e tão cheia de binômios incompreensíveis, que resguarda do lado de fora os outros, aqueles, que antes preenchiam os cadernos com palavras sentidas e boas de se ler.

Palavras Escritas...duras, eternas, elas se fixarão no corpo como uma tatuagem feita de pigmentos indissolúveis e irredutíveis onde as marcas restarão após ter cessado todas as possibilidades.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Telefone Desligado

Quando queremos dizer algo importante, o telefone está desligado...
Quando estamos feliz e queremos falar, o telefone está desligado...
O Viva voz...esse, só emite nota desconsertantes...
Ficamos esperando para entrar em cena, ensaiamos, e o telefone está desligado.
Ficamos a sós, máquina e eu, tentando...tentando...tentando, o telefone está desligado.
Tentar de novo...tentar de novo...precisamos que alguém queira escutar nossa voz, e o telefone está desligado.
Agora está chamando...alívio...confundimos o número, chamo novamente, todas as palavras já estão gravadas na mente, e o telefone está desligado.
Imergimos numa solidão que atordoa e invade o sangue com extensão eletrônica que se alcança atraves dos dedos... para concretizar a chamada, tentamos novamente, e o telefone está desligado.
Perdemos as esperanças. Devemos parar? Não vou tentar outra vez. O telefone está desligado.
O telefone continua ligado. E continuamos com a mesma resposta: o telefone está desligado.
O Telefone está desligado, mas continuamos ligados...
E na última ligação, mensagem: ligação perdida!
Estamos perdidos e o telefone continua desligado.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Era apenas um café... Em Plutão

Como transformar o tempo e as pessoas, em alguma atmosfera particular, onde sem por os pés ou as mãos queremos sempre estar?Como sair do lugar comum sem nunca ter estado lá? Os Sonhos... Numa perspectiva alucinante e conclusiva nos instiga a imergir numa atmosfera particular, vinculada ao seu próprio tempo sem a exaustiva vontade de ser tempo real, de ser agora. Apenas pulsa intensamente com parâmetros que adotamos, sem nunca questionar, onde vivemos ou morremos. Num outro momento vira pó e se integra aos grandes acontecimentos, que se perpetuam no tempo deixando um resquício de realidade que a todos apraz ou simplesmente estar no correr dos dias comuns,com acúmulos de poeira, que ao ser notada, alguém a retira e muda de lugar no intuito de compor outros espaços, criar novas histórias, passando a viver num espaço demarcado pela imensa capacidade de alçar vôos. Nesse momento reinventamos mundos, formas e outras percepções. E as pessoas, para nosso deleite, elaboram formas diferentes das nossas furtivas vontades, acontecem sem ao menos terem passado por nossa caneta que não sabia chegar em lugar algum, mas com grandes idealizações, grandes convicções, onde na maior parte do tempo ,queria apenas estar num lugar antigo as nossas percepções, onde daria uma vontade de dormir no corpo e não querer mais ser apenas um traço obliquo,reto ou sinuoso, tomar um café apenas... SE POSSÍVEL EM PLUTÃO.

Ver, Ouvir e Sentir

Por dentro, o verde compreende o sangue vermelho de uma vida que tem apenas uma cor para configurar o todo numa máxima simplicidade de objeto, cores e formas... são linhas sinuosas que apresentam ao público sua diversidade...são tons quase inexistentes, mas suas silhuetas mostram as sombras e os contornos...são perspectivas que se enquadram dentro numa área mínima, atingindo á máxima expressão...e elementos, estes são os mesmos dispostos num caos harmônico que faz ver, ouvir e sentir.