Palavras Escritas...duras, eternas, com uma ferida que não cicatriza e insiste em pulsar constantemente elevando a temperatura do corpo, corrompendo os desejos e os sentimentos...
Palavras Escritas...duras, eternas, que mogoam pelo simples fato de estar lá, no branco invasivo que insiste em iluminar o dia, as lentes do óculos, a sala de estar,tão envelhecida pelas cinzas das palavras que, diariamente, retomo a rotina de queimá-las dentra dela...
Palavras Escritas...duras, eternas, agigantando-se dentro de um vazio que estava reservado as palavras ditas, sussurradas nas horas boas, onde elas se perpetuam no tempo e no espaço, preenchendo todo os cantos... e deixando uma sensação de se ter companhia a todos os instantes.
Palavras Escritas... duras, eternas, tão só e tão acompanhadas dos sinais dos tempo, com uma única diferença, não envelhecem, apenas se perdem na teia confusa de metal que as impulsionam pelo ar, atravessado o peito querendo tirar a respiração...
Palavras Escritas... duras, eternas, cheias de contornos, onde nada se encaixa a não ser no caminho vivido e descrito...deixando seu rastro de tristeza.
Palavras Escritas...duras, eternas e tão cheia de binômios incompreensíveis, que resguarda do lado de fora os outros, aqueles, que antes preenchiam os cadernos com palavras sentidas e boas de se ler.
Palavras Escritas...duras, eternas, elas se fixarão no corpo como uma tatuagem feita de pigmentos indissolúveis e irredutíveis onde as marcas restarão após ter cessado todas as possibilidades.